terça-feira, 25 de setembro de 2012

DISCÍPULOS DO CORDEL



Hoje é Segunda Feira
Na Feira de Santana
O povo do interior
Traz maxixes e bananas
As mocinhas caipiras
Se metem a bacana ê, ê...

...Quem pensar que a literatura de cordel que alguns escritores discordam do termo, está morta no Brasil está totalmente enganado. Ela continua viva na nossa língua e cultura brasileira. Principalmente nas universidades onde se pesquisam o aprimoramento das nossas origens e a busca dos costumes das raças e a etnia de um povo. Buscando na história; ladrões, invasores, escravos e prostitutas, desembarcaram no nosso país é verdade.

Mas antes deles nós temos a raça mor, que sempre defendeu o planeta Brasil que são os índios e 19 de abril é o seu dia. Mesmo tocando fogo nele em praça publica, eles continuam resistindo em defesa do maior patrimônio do mundo que é a floresta amazônica. E o cordel fica aonde nisso tudo? Calma amigo. O cordel já está na Internet ok!.

Pra seu governo agora mesmo foi feito um concurso, cujo o corpo de jurados foi composto de dois baianos: Gilberto Gil e Tom Zé. Gil de Vitoria da Conquista e Tom Zé de Irará. Participaram deste concurso de literatura de cordel pela Internet, só nomes novos, principalmente gente Nordestina. Francisco Linhares, Otacilio Batista, gravados por Zé Ramalho mestres no gênero de poesia popular, Patativa do Assaré poeta tradutor das dores do Nordeste cantadas por Luiz Gonzaga significam Cordel vivo.

Paulistas, gaúchos e mineiros ao percorrem as terras nordestinas fazem do cordel souvenir, no meio das feiras pernambucanas, no Pátio de São Pedro em Recife, Mercado Modelo em Salvador, eles curtem a nossa literatura popular. Em Feira de Santana, a Porteira do Sertão que com muito custo e lágrimas nós vamos arremedando os antepassados como Rodolfo Coelho Cavalcante, para continuar viva esta cultura. Poetas, cantadores, emboladores como, Bule-Bule, João Crispim Ramos, Daninho e Caboquinho, Franklin Maxado, Antônio Alves, Joaquim Gouveia, Sabiá e muitos outros, pelejam pela vida a fora declamando em praças, centro de conferências, reuniões acadêmicas, até mesmo em alguns botecos por que não, satisfazendo a vontade de nos tornar vivos e continuar sendo discípulos de tal profecia, o cordel.

Se um americano perguntar a um brasileiro em visita a Maiame, o que ele trouxe na bagagem como cultura ele vai dizer: Carla Perez ( a bunda) ou Pelé (a bola). O que é que você acha? Essa Literatura Popular existiu em vários países, como na França até o século XIX, em Portugal e Espanha até as primeiras décadas do século XX. Se distribuía esses folhetos de cordel nestes países profissionalmente. Na Espanha a Biblioteca Nacional dispõe de uma grande coleção. No Rio de Janeiro, a Fundação Casa de Rui Barbosa possui uma das maiores coleções brasileiras. E assim vão esses discípulos pregando a esperança, a paz, a política e o apocalipse.

...inventaram um tribunal
para julgar a humanidade
o errado sempre está certo, 
isso é mais uma verdade
quem tem dinheiro compra tudo
dentro da sociedade.

Asa filho, poeta, compositor, escritor cantador. Estudos Sociais pela FUFS(UEFS). Desenvolve um trabalho de cultura de raízes em sua cidade Feira de Santna. Contatos. 75/224.1238-9977.3438/3483.2740 Rua H 331, Cj João Paulo II .
Texto publicado em 2000 mil e cacetada...

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