sexta-feira, 12 de abril de 2013

A DOR DE PERDER PARA A MORTE


Gilmar Souza Costa, professor

A parte terrível da vida é ser assaltado pela morte. Receber a notícia da morte do grande amigo e irmão Vladmir Barros foi o golpe mais cruel dos últimos anos. É ilusão dizer que estamos preparados para perder alguém para a morte. Eu não estou, nunca estive e não creio que chegarei a este estágio.

Perder alguém a quem amamos não é tarefa fácil de se administrar. Mesmo consolados, a dor da saudade há de ferir a alma por longos anos, quiçá por toda a vida e ainda que nos esforcemos para trazer à memória apenas os bons momentos que vivemos com o querido que se foi isso ainda será sofrido. É aí que nos acusamos por não termos dito mais vezes do amor que sentíamos, por negarmos o carinho tantas vezes desejado, por termos escondido o sorriso que traria alegria à alma, por não termos passado mais tempo juntos, por termos colocado tanto peso em tudo, quando a vida é tão leve, por termos adiado tantas coisas que poderiam ter sido realizadas logo. 

A morte do meu amigo Vladmir me deixou desolado, perplexo, com dores, n´alma e me faz refletir sobre a brevidade da vida e como podemos torná-la melhor para os que estão ao nosso redor. Penso, agora, que podemos fazer um esforço maior para vê-los felizes, leves, aceitos, compreendidos, amados e que todo sacrifício que for empreendido será, sim recompensado.

Entendo, também, que se algo deve e pode ser feito, que seja agora, porque o amanhã nos reserva surpresas: Eu estava me programando para ir a São Paulo no sábado visitá-lo... Minha alegria (se é que posso chamar assim este momento tão terrível) é a certeza de que jamais ocultei meu respeito, minha admiração, o carinho, o amor, que nutria pelo amigo querido.

Eu fico aqui, com a dor (imensa) da saudade que ele já deixa e a falta que já faz!!


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