terça-feira, 31 de maio de 2016

"A REPÚBLICA DO MANGUE" TEM LANÇAMENTO DIA 17, NO MAP



O livro

O autor 

No seu romance de estreia, "A República do Mangue", coleção "Viagens na Ficção", da Chiado Editora, de Portugal, Jorge Magalhães se apoia em vasta experiência  jornalística para engendrar, nesta comovente e emocionante história,  cores vivas de um realismo inescapável aos fatos que enleiam protagonistas e coadjuvantes imbricados numa trama que se passa numa ilha paradisíaca e imaginária.

Contundente e elegantemente envolvente, a narrativa, rica na descrição minuciosa de cenários, objetos e personagens, nos remete, en passant, à  época da Colonização Portuguesa no Brasil, transportando-a, com suas inescapáveis consequências, aos tempos de agora.

A depredação dos bosques dos manguezais pela ocupação desordenada do homem, agravada pela sanha criminosa do capital especulativo com a anuência do poder político, é o eixo central de "A República do Mangue".

O drama de uma comunidade de humildes pescadores e marisqueiros de Tracajás, ilha/cidade que dá nome ao arquipélago idílico, revela a cosmovisão do autor sobre as engrenagens que subvertem e destroem valores e conceitos de um mundo ameaçado pela distopia de um modelo concentrador de poder.

Quem é

Quem acendeu as primeiras luzes da literatura no caminho de Jorge Magalhães foram os grandes letristas e compositores da Música Popular Brasileira, numa época em que predominavam os antológicos festivais e o Brasil vivia sob a égide de uma ditadura militar.

Aos quinze anos, já circulava nas rodas frequentadas por poetas, artistas plásticos, músicos e intelectuais, lia clássicos da literatura e jornais havidos como "subversivos", distribuídos, à época, na clandestinidade. Aos dezoito escreveu seu primeiro caderno de poesia e aos vinte ingressou profissionalmente no jornalismo.

Atuou como repórter nos jornais "Feira Hoje", "Folha do Norte", "Correio da Bahia", "Tribuna da Bahia", revista "Panorama" e foi produtor de jornalismo da TV Subaé, afiliada da Rede Globo, em Feira de Santana, maior e principal cidade do interior do Estado da Bahia, e uma das mais importantes do Brasil, onde o escritor nasceu.

Escreveu cerca de 200 discursos políticos, artigos e crônicas sobre uma variedade de temas; roteirizou documentários, um deles, sobre o Mosteiro de São Bento, em Salvador, foi transformado em vídeo pela Bahia, Cinema e Vídeo, vertido para o inglês, o francês e o espanhol, com distribuição dirigida a  países da Europa.
Inspirado na dura realidade das populações que habitam as favelas da periferia brasileira, escreveu "Porrada de Polícia", composição vencedora do Troféu Caymmi (1993), considerado o Oscar da música baiana. Emplacou  o primeiro clip institucional da TV Educadora da Bahia, com a música "Cheiros e Temperos", em 2003.

Pela Coleção Olhos D'Água teve publicado "Relvas e Espinhos", em 1980. Também tem poemas publicados nas revistas "Atos" e "Sitientibus", da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Tem no prelo o "O Genoma das Pedras", poesia.

O livro tem lançamento em Feira de Santana marcado para sexta-feira, 17 de junho, no Mercado de Arte Popular, em noite cultural que inclui lançamentos do programa de comemoração do Sesquicentenário - 150 anos - da Sociedade Filarmônica 25 de Março, de coletânea de DVDs "Fragmentos da História de Feira de Santana - Volume 8", e relançamento de livros como "Reminiscências de Feira de Santana" e "Eme Portugal: O Mito Social Feirense", ambos de José Brandão, "cinema demais", de Dimas Oliveira, "A História do Fluminense", de Adilson Simas, e "Feira de Sant'Ana: Histórias e Estórias de Feira de Santana", coletânea do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana (IHGFS).

O evento tem promoção do Núcleo de Preservação da Memória Feirense da Fundação Senhor dos Passos. Como pano de fundo, retreta da 25 de Março, sob a regência do maestro Tony Neves.

Texto extraído da orelha e da contra capa do livro


segunda-feira, 23 de maio de 2016

LEMBRANDO “DIO, COMO TI AMO”



"Dio, Come Ti Amo" (Deus, Como Te Amo), produção ítalo-espanhola de Miguel Iglesias, foi lançada em 1966.

Com música e letra de Domenico Modugno, no filme "Dio, Come Ti Amo" é cantada por Gigliola Cinquetti , que faz uma jovem de família pobre que se enamora pelo noivo rico (Mark Damon) de sua melhor amiga (Micaela Cendalli).

A música venceu o Festival da San Remo em 1966 com Gigliola interpretando e foi aproveitado o embalo e realizado o filme, em preto e branco, que então foi um dos mais vistos pelo público, mesmo com a crítica arrasando.

Em Feira de Santana, no Cine Madrid, existente na rua Castro Alves, ficou por cerca de um mês em cartaz, com sessões sempre lotadas. Depois, entrou em cartaz no Cine Íris. A música embalava bailes e "assustados" - festinha realizadas nas casas de famílias.

Melodramático, chamado de "água-com-açúcar", pois o público feminino levava lenço para enxugar as lágrimas, "Dio, Come Ti Amo" foi de fato um fenômeno de bilheteria que emocionava as platéias. Na cena final, ela canta a música em microfone no aeroporto e ele a ouve dentro do avião que está taxiando na pista e se tem certeza do happy-end.

Ainda no filme é inserida a música "Non Ho L'Etá" (Não Tenho Idade), com a qual Gigliola Cinquetti ganhou o mesmo Festival de San Remo, dois anos antes, ela com 16 anos.

No Brasil, Demétrio Carta fez a versão, que foi cantada por Agnaldo Rayol, Giane e até hoje, por Roberto Miranda. Na Itália, além de Gigliola e Modugno, foi cantada por Sergio Endrigo.

Edição de colecionador, em versão restaurada e remasterizada, foi lançada em DVD pela Versátil Home Vídeo. Além do filme, tem muitos extras, incluindo biografia ilustrada de Gigliola Cinquetti, do compositor Domenico Modugno e um especial sobre o Festival de San Remo.

Dimas Oliveira

sexta-feira, 13 de maio de 2016

O BOM JORNALISMO EM PAUTA



Cada um tem um estilo próprio para escrever. Sempre optei em começar o lide com uma frase que tenha força. As vezes acontece da gente não encontrar as palavras certas e nem encaixa-las da melhor forma, sobretudo, quando o assunto não é muito familiar. Isso eu aprendi quando comecei a estagiar no Jornal Tribuna da Bahia, no 6 semestre. Foi meu primeiro emprego na vida.

A TB foi uma escola não só pra mim como para outros jornalistas. Tive um grande editor: Neomar Cidade. Uma pessoa que contribuiu muito para o que sou hoje. Profissional que observo faltar nas redações - ele ia de bancada em bancada olhar o texto, principalmente, a forma como iniciávamos e conduzíamos a informação. O discurso dele era o mesmo: a abertura tem que ter força, prender o leitor, chamar a atenção. Nos preparava até para identificar o gancho da matéria no momento da entrevista. Quando retornávamos da rua, já tínhamos o texto pronto na mente. Sabia elogiar! E vibrava quando o repórter lhe dava a matéria de capa. "Muito bem menininha". Aliás, esse era o adjetivo carinhoso que ele sempre se reportava as mulheres da redação.

Voltei a morar em Feira por motivo de saúde. Isso me tirou da redação da Tribuna após seis anos de aprendizado diário. Já aqui, fui trabalhar na Secom - todos eram desconhecidos pra mim, inclusive os colegas e as fontes. Após alguns meses Madalena de Jesus foi convidada a trabalhar com a gente. Conheci tanto ela quanto seus textos, os quais me identificava e aprecio ainda hoje. Lembro que eu e as meninas discutíamos na redação como iniciar a matéria e ela também opinava. Era uma espécie de laboratório. Ajudávamos umas às outras com humildade.

Agora, estou tendo a oportunidade de trabalhar com Batista. Admiro como ele sabe passar a informação em poucas palavras. Já li parágrafo com uma frase apenas. Também gosto de seus textos pela maneira com que faz o leitor "enxergar a cena". Eu já senti até cheiro de comida ao ler um texto dele. São exemplos que me espelho quando vou fazer uso da escrita. Também admiro o profissional humilde que ele é. Simples até no jeito de ajudar. É daqueles que aceita uma opinião de quem está apenas começando.

Renata Leite

quinta-feira, 5 de maio de 2016

O JUIZ NA SALA DE AULA




No lugar do professor, um juiz. Ao invés de aula, uma conversa. Será assim, nos próximos dois dias, que os estudantes dos primeiros semestres do curso de Direito da FTC Feira de Santana terão acesso a informações sobre o exercício da atividade jurisdicional. O convidado será o juiz Luciano Ribeiro Guimarães Filho, da comarca de Euclides da Cunha.

A atividade faz parte do projeto “O juiz vai à sala de aula”, realizado pela Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB) desde o ano passado. A proposta é estabelecer uma rede de conversação com os estudantes sobre a atuação dos magistrados e, ao mesmo tempo, promover maior integração do Poder Judiciário com a sociedade.

“A FTC aderiu ao projeto porque entendemos que é uma oportunidade de aproximar nossos alunos do Direito e da Justiça como um todo”, diz a coordenadora do curso, professora Geruza Gomes. Ela informa que nesta quinta-feira (5) o encontro será na sala de aula e sexta-feira (6), no Salão do Júri, sempre às 19h.


Madalena de Jesus

terça-feira, 3 de maio de 2016

MENINA DE 12 ANOS IMPLANTA BIBLIOTECA




Incentivar o hábito da leitura. Parece uma algo simples, mas não é. Mais do que uma meta, é o sonho de todo educador formar leitores mundo a fora. Foi movida por esse mesmo sentimento e com a ajuda do avô e da professora que a menina Maria Clara se tornou uma empreendedora bem diferente: Ela é “dona” de uma biblioteca.

Se a iniciativa, por si só, já merece aplausos, o feito ganha ainda mais importância se levada em conta a localização do espaço. A biblioteca da estudante fica no povoado de Serrote, a cerca de 15 km de Conceição do Coité (BA). O acervo, que reúne livros didáticos, romances e clássicos da literatura brasileira, foi adquirido por meio de doações.

Maria Clara é aluna da Escola Antônio Nunes Gordiano Filho, no distrito de Salgadália. Para colocar sua ideia em prática, usou o aplicativo WhatsApp e contou com a ajuda da diretora da escola, Simone Nascimento, e do avô Guiofredo Pereira, que é presidente da Associação de Moradores do lugar.

E já está em pleno funcionamento o sistema de empréstimos para leitura e pesquisa, tudo registrado com rigor. Todos os livros, que cabem em apenas duas estantes de ferro, são catalogados. "A biblioteca é de toda comunidade. Esses livros não são meus, são para quem quiser levar para casa e ficar quanto tempo for necessário para terminar a leitura", diz a pequena investidora.

O projeto de Maria Clara deverá crescer. Pelo menos as promessas de apoio já foram feitas. Em visita à UNEB, em Salvador, ela esteve com a coordenadora do sistema de bibliotecas da unidade, que deverá contribuir com a ampliação do acervo. Ainda na capital, conseguiu doações e a garantia de ajuda na Fundação Pedro Calmon, vinculada à Secretaria de Cultura do Estado.

Com informações do site Calila Notícias